quinta-feira, 12 de março de 2009

USA - OBAMA QUER REFORMA DA SAÚDE.
A vitória eleitoral de Barak Obama e do Partido Democrata abriu as portas para o retorno do debate sobre o sistema de saúde (público e privado) dos Estados Unidos.

Tido, entre muitos médicos e administradores que atuam na área de saúde, como uma referência positiva, um exemplo citado, os serviços de saúde prestados à população norte-americana e aos estrangeiros que lá residem ou demandam o país em busca de cuidados médicos. E quem os coloca em questão não é nenhum grupo de sanitaristas divorciados da realidade assistencial. É o próprio governo norte-americano, preocupado com os problemas econômicos e as lacunas assistenciais que estão sendo deixados pelo sistema atual. O custo do sistema para as famílias, comprimindo seus orçamentos e comprometendo sua qualidade de vida é um dos aspectos preocupantes para a administração Obama. A notícia saiu no Ig:

Obama dá primeiro passo para relançar reforma do sistema de saúde

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05/03/2009 21:09:00


Macarena Vidal. Washington, 5 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciou hoje, com uma cúpula na Casa Branca, o processo para a reforma do sistema de saúde do país, objetivo no qual fracassaram todos os Governos que tentaram alcançá-lo até agora.Ao término do encontro, do qual participaram mais de 200 pessoas, Obama afirmou que todos concordaram que é necessária uma reforma urgente no sistema, que deixa sem cobertura médica mais de 46 milhões de pessoas nos EUA.
A reunião, acrescentou o presidente, representou o "começo do debate" em prol desta iniciativa, e ao longo das próximas semanas serão realizadas novas discussões para que altos funcionários do Governo possam explorar as ideias apresentadas e ouvir outras opiniões.
Entre os presentes na cúpula desta quinta-feira estavam legisladores, como o senador democrata Ted Kennedy, um dos maiores promotores da reforma do setor, além de representantes de seguradoras, médicos e pacientes.
O objetivo da reunião, mais que definir medidas concretas, foi dar espaço a recomendações e pontos de vista, para que, mais adiante, o Governo possa determinar o caminho mais conveniente a seguir.
O presidente americano quer aproveitar sua grande popularidade, de 67%, e a consciência da população sobre a necessidade de reformas para levar o projeto adiante.
Segundo Obama, a reforma do sistema de saúde, além de diminuir custos, aumentar a qualidade do atendimento e ampliar a cobertura a todos os americanos, é "um imperativo moral" e "fiscal".
No discurso com o qual abriu o encontro de hoje, o chefe de Estado advertiu que os altos custos do sistema de saúde são a "maior ameaça à saúde fiscal" dos EUA, que para este ano prevê um déficit de US 1,8 trilhão.
Obama dá primeiro passo para relançar reforma do sistema de saúde
Nos últimos oito anos, os custos com saúde, disse Obama, cresceram quatro vezes mais que os salários, e em 2009 podem fazer com que 1,5 milhão de pessoas percam suas casas.
Além disso, destacou o presidente, a cada 30 segundos uma pessoa se declara em quebra no país por não conseguir arcar com suas despesas médicas.

"Se quisermos criar empregos e reconstruir nossa economia, devemos minimizar os custos esmagadores da saúde este ano, nesta Administração", acrescentou Obama. Seu objetivo, insistiu, é "aprovar uma reforma exaustiva do sistema de saúde até o fim do ano".

O presidente americano tinha dito durante a campanha presidencial que queria fazer da reforma do sistema de saúde uma de suas prioridades.
Na proposta de orçamento que apresentou na semana passada, ele reservou US 634 bilhões para dar início às mudanças no sistema.
A proposta recebeu críticas dos que acham que o dinheiro aumentará ainda mais o déficit fiscal.
Porém, Obama defendeu a iniciativa com o argumento de que "os investimentos na reforma feitos agora, investimentos estes que diminuirão os custos de maneira drástica, não serão acrescentados ao déficit orçamentário a longo prazo; pelo contrário, é uma das melhores maneiras de reduzi-lo".
No discurso que fez hoje, Obama prometeu que o processo será "o mais transparente possível", e nele será ouvida "cada voz" e "cada ideia".
"Continuar como estamos é a única opção que não podemos considerar. E aqueles que buscarem bloquear uma reforma a todo custo desta vez não vencerão", desafiou.
Um dos grandes problemas do presidente em seu ambicioso plano é a baixa causada por Tom Daschle, seu candidato inicial para ser secretário de Saúde e assessor da Casa Branca para a reforma.
Daschle, considerado um especialista no setor e o homem ideal para a reforma, renunciou à indicação ao cargo devido a problemas com o pagamento de impostos, e será substituído no posto pela governadora do Kansas, Kathleen Sebelius, que não esteve na cúpula devido a assuntos pendendes em seu estado.

Fonte - http://wap.ig.com.br/wapstudio/p.do?ssC=2520317&mh=sC&cC=1638511&sC=86&pC=913824

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